Irreverência, humor, criatividade, non-sense, ousadia, experimentalismo. Mas tudo pode aparecer aqui. E as coisas sérias também. O futuro dirá se valeu a pena...ou melhor seria ter estado quietinho, preso por uma camisa de forças!
Segunda-feira, 22 de Dezembro de 2008
Eu... poeta não sou... (I)

 

Procurei, procurei
Dentro do meu peito
Uma coisa linda para te ofertar
Finalmente
Depois de muito buscar
Encontrei uma flor
Um amor-perfeito
Que mandei para ti
A vogar
Na crista das ondas do mar

 

 

 

PS: Por favor não se riam



publicado por António às 18:45
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Quarta-feira, 10 de Dezembro de 2008
E assim acabou uma geração...

A meio da manhã de hoje, dia 10 de Dezembro de 2008, recebi um telefonema da prima Delfina a dar-me conta do falecimento da sua mãe e minha tia e madrinha.  

Partiu a Maria José, a tia Zé, a Quinhas…
Nascera a 19 de Abril de 1915. Tinha noventa e três anos, portanto. Cumpriu uma longa vida.
Casara com o António Ribeiro, meu padrinho, já falecido, e tiveram três filhos: a Mimi, a Fininha e o Tó Zé. Tinha quatro netos e dois bisnetos.
Vivia em Vila Praia de Âncora desde o seu nascimento e sempre foi doméstica, como era habitual nas mulheres da classe média da sua geração.
Nos últimos anos vinha definhando, lenta mas inexoravelmente, com a doença de Parkinson. Uma pneumonia e uma infecção renal evitaram que entrasse na fase mais penosa do mal que a vinha atormentando.
Amanhã lá estarei no funeral para o derradeiro adeus ao corpo, pois a sua memória viverá sempre comigo.
 
Ao desaparecer a tia Zé acabou a geração dos meus pais e seus irmãos: as três manas da mãe Julieta (a Leta) e os três manos do pai Fernando.
Oito pessoas no total: O Manel e o Gilberto partiram com cinquenta e poucos anos. A minha mãe e a tia Minda com mais de sessenta e cinco. O meu pai e o tio Tone com mais de setenta e cinco. A tia Bela e agora a tia Zé com mais de noventa.
Já não existem tios consanguíneos.
Quantas recordações eu tenho deles!
De todos eles!
Ainda resta uma tia por afinidade, a Conceição.
E em Leiria, aproximadamente com a idade da hoje falecida, resiste um primo dela, o último, o Fernando.
 
Agora é a vez da minha geração: e três primos já se foram…


publicado por António às 15:02
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Domingo, 7 de Dezembro de 2008
Este parte, aquele parte... (III)
Este parte,
Aquele parte,
E todos, todos se vão...


Escolhi os primeiros versos do poema de Rosália de Castro que, musicado por José Niza e cantado por Adriano Correia de Oliveira se tornou famoso em Portugal com o nome de “Cantar de emigração”, para título de posts que dedique a amigos que me vão deixando, numa viagem sem retorno.
Até ser eu a partir...

A Becas era a Maria de Lurdes Machado.
Uma maiata de gema, alegre, dinâmica, sempre a saltar daqui para ali, com a boa disposição sempre estampada no rosto.
Conheci-a há poucos anos: talvez em 2006.
Percebi logo que era uma pessoa boa, por isso, esses dois anos e meio foram o suficiente para criarmos uma amizade que prometia durar muito tempo.
No dia do lançamento do meu livro, em 18 de Outubro passado, telefonou-me às 18 horas a dizer que já estava no local mas não via ninguém.
Claro que não! – disse-lhe – A sessão só começa às nove e meia.
Rimo-nos da sua precipitação e disse-me que à noite não podia aparecer.
Tudo bem! – retorqui.
Há poucas semanas, ao fim da manhã de um domingo, encontramo-nos no Central Plaza para tomar um café. Ela comprou-me um livro e eu escrevi-lhe uma dedicatória.
E, pouco depois, cada um foi à sua vida.
Ontem soube que, no dia seguinte, teve um acidente vascular cerebral que a levou para o hospital. Após duas semanas a lutar com a morte, perdeu a guerra.
 
Tinha nascido a 10 de Outubro de 1963, era educadora de infância e tinha uma filha.
Deixou-nos no final de Novembro de 2008.
Não é justo morrer aos 45 anos, pois não?
 
Nunca te esquecerei, querida Becas!


publicado por António às 14:37
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