Irreverência, humor, criatividade, non-sense, ousadia, experimentalismo. Mas tudo pode aparecer aqui. E as coisas sérias também. O futuro dirá se valeu a pena...ou melhor seria ter estado quietinho, preso por uma camisa de forças!
Andando com pouca vontade de escrever, resolvi republicar um texto que postei no “Eu sou louco!” do Blogger em 18 de Fevereiro de 2005. Penso que foi o primeiro a ter algum sucesso entre os leitores que, nesses primórdios, eram muito poucos.
Alguns já o conhecerão, mas imagino que muitos outros nunca o leram.
É a segunda vez, em toda a história dos meus blogs, que faço uma reedição (com ligeiros ajustes).
Apreciem e digam de vossa justiça!
Eu sei que uma das coisas que mais aborrece as mulheres são as malhas fugidas nas meias, os famosos foguetes.
Agora parece que já não acontece tanto assim, não sei porquê, mas tem seguramente a ver com o material e o tipo de ponto com que são fabricadas (se alguém me quiser esclarecer, agradeço).
Mas não posso deixar de relembrar a minha mãe: toda arranjada, preparada para sair, meia de seda impecável, uma última olhadela para ver se as luzes estavam apagadas, enfim, se tudo estava em ordem e...
- Ó mamã! Tens um foguete numa meia!
E lá ía ela mudar as meias e rezando a lenga-lenga do costume:
- Acontece isto sempre que vou sair! Já me vou atrasar!
Estavam à espera que saísse português vernáculo?
Não senhor!
Apesar de nortenha, daquela boquinha não saía uma palavra obscena.
Nada!
Aliás o filho saiu à mãe: não sou homem para dizer caralhadas! Foda-se! Era lá capaz de falar como um carroceiro!
Mas agora vem o ponto.
Pensavam que eu ia dizer:
Mulher sofre ou Coitadas?
Nada disso.
O que eu venho aqui afirmar é que os homens têm o mesmo problema.
Bom...não é exactamente o mesmo. É mais do tipo "buraco na peúga". Coisa que se pode esconder dentro do sapato mas, para um cavalheiro como eu, não é aceitável, por princípio.
E o raio do buraquinho aparece junto da unha do dedão! Portanto, dirão vocês:
- Corta bem as unhas!
Mas eu sempre as cortava bem cortadinhas, com um eficaz alicate de aço inox.
Até que resolvi estudar o problema e arranjar uma solução!
A coisa não podia continuar, porque um dia qualquer a mulher iria dizer:
- Ou deixas de fazer tantos buracos ou passas tu a coser as peúgas!
Vejam bem a humilhação: coser peúgas!
Meu dito, meu feito!
(melhor: meu pensado, meu feito!)
Usando as celulazinhas cinzentas como tantas vezes lera que o Sr. Poirot fazia, matutei, matutei e lá se fez luz no meu espírito.
A causa do aparecimento dos buracos era a aresta viva que ficava na unha depois do corte.
Vai daí comprei uma lima e, depois de usar o objecto trincha-unhas, passei a limar cuidadosamente as arestas.
Remédio santo!
E, orgulhoso da minha inteligência (cuja melhor definição que conheço é: "a capacidade de resolver problemas"), aqui estou a tornar pública tal descoberta e assim contribuir para que os homens (e as mulheres, porque não?) saibam como solucionar este problema...se o tiverem.
Se já sabiam, bem podiam ter mandado a informação por e-mail para se espalhar pelo país todo e ainda no Brasil e nos Palop’s!
Hoje já não se fazem remendos.... Vai tudo bota fora. Isto é que uma crise!!!
De
António a 27 de Junho de 2008 às 14:23
Olá!
Quem disse que não se fazem remendos?
Só se forem os ricos...os pobres como eu ainda remendamos as peúgas.
Agora menos, é verdade, graças à minha prodigiosa invenção!
ah ah ah
De
redonda a 28 de Junho de 2008 às 16:00
Mas felizmente como estamos no verão, podemos é andar de sandálias :)
De
António a 28 de Junho de 2008 às 19:45
Ou de havaianas...eh eh
De leonoreta a 28 de Junho de 2008 às 21:41
ola antonio
quando a minha avo era viva era ela que remendava as meias rotas ca de casa. mas aqui o problema maior e outro. porque ficam as meias sem par?
para onde vai o par?
ja sondei outras maes de familia e o problema é comum a todas.
que imbroglio!!!
beijinhos
De
António a 28 de Junho de 2008 às 23:36
Querida Leonor!
E as meias muito parecidas trocadas?
Outro problema...mas para esse também já arranjei solução...ah ah ah
Beijinhos
De
lena a 29 de Junho de 2008 às 15:06
António problema resolvido,
ainda bem, detesto meias e coser meias
lembro-me da minha mãe as coser ao serão e eu ao lado a dobrar
que frete
a tua capacidade de resolver problemas, vale 5 estrelas
abraço-te sempre com um grande carinho, querido António
beijinhos meus
lena
De
António a 29 de Junho de 2008 às 18:38
Olá, Lena querida!
Nunca ouviste dizer que a necessidade aguça o engenho?
ihihihihih
Beijinhos
De leonoreta a 29 de Junho de 2008 às 15:32
e ja agora qual foi? ou e segredo de estado?
De
António a 29 de Junho de 2008 às 18:39
Amarrá-las com um nó!
ah ah ah
Beijinhos
Que giro!! Não sabia que se chamava foguetes! Eh eh sempre a aprender!! Beijinhos.
De
António a 30 de Junho de 2008 às 09:15
ah ah ah
Paulinha!
Aprende que eu não duro sempre!
ah ah ah
Beijinhos
De maria diegues a 25 de Agosto de 2008 às 20:40
E aqui estou a rir e a bom rir com a história das malhas caídas nas meias de vidro, naquela altura eram de vidro....por isso apareciam tanto os tais foguetes, rsrsrs.
A minha mãe também era nortenha e tal como a tua não dizia asneiras e não é que eu também não sou de caralhadas, foda-se!
Bjs. António.
De
António a 25 de Agosto de 2008 às 21:13
Mas os homens do norte falam mal pra caralho...ah ah ah
Beijinhos
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